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Terceira idade: estudos revelam que prática regular de atividade física preserva autonomia física e cognitiva

  • Foto do escritor: O Canal da Lili
    O Canal da Lili
  • 28 de set.
  • 3 min de leitura
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Em 1º de outubro é comemorado o Dia do Idoso,ocasião ideal para olhar para a maturidade com outros olhos: menos resignação, mais movimento. Entre caminhadas, musculação e exercícios de equilíbrio, a dança surge como uma prática que reúne em um só gesto benefícios físicos, cognitivos e afetivos. Não é só estética: é prevenção, socialização e, muitas vezes, reinvenção pessoal.


Pesquisas recentes reforçam essa ideia. Revisões sistemáticas apontam que a dança melhora a força muscular, flexibilidade, equilíbrio, resistência e mobilidade, pilares que reduzem o risco de quedas e ampliam a independência na terceira idade. No plano cognitivo, há ganhos em memória, atenção e funções executivas, observados até em indivíduos com comprometimento cognitivo leve. E o impacto sobre o humor não fica atrás: metanálises mostram redução de sintomas depressivos em participantes de programas de dança, quando comparados a grupos sem intervenção. Em poucas palavras: dançar mobiliza corpo, cérebro e rede social ao mesmo tempo, uma tríade poderosa para envelhecer com qualidade.



É nessa confluência de benefícios que nasce a história de Leny Camargo, 61 anos. Após uma separação, Leny voltou a praticar atividade física e, em 2023, encontrou no Grupo Entrelaços um lugar para recomeçar. “Fazer parte do Grupo Entrelaços é a minha maior realização. Mesmo com medo no início e algumas limitações de saúde, recebi apoio das colegas, do meu atual namorado e segui em frente. Hoje, vivo o sonho de ser dançarina e faço sempre o meu melhor”, relata.


A experiência de Leny demonstra duas coisas essenciais: a dança como terapia e a força do pertencimento, o calor humano que transforma exercícios em ritual de vida.


Os ganhos relatados por Leny ecoam em estudos brasileiros e internacionais. O Guia de Atividade Física para a População Brasileira recomenda combinar exercícios de força, equilíbrio e aeróbicos para preservar autonomia, reduzir fadiga e dores articulares, e ainda proteger funções cognitivas.


Dados nacionais mostram que idosos ativos tendem a avaliar sua qualidade de vida de forma mais positiva — um lembrete pragmático de que movimento e bem-estar andam juntos. Pesquisas de instituições acadêmicas também associam atividade física regular a melhorias na aptidão cardiorrespiratória e no desempenho locomotor — aspectos cruciais para a autonomia diária.


ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Mas como começar sem virar refém de expectativas irreais? Especialistas recomendam respeitar limites, fracionar a prática em blocos menores (10 a 15 minutos, por exemplo), alternar modalidades e procurar orientação profissional para adaptar exercícios a cada história de vida. A progressão gradual reduz dores e evita sobrecarga; a variedade, por sua vez, mantém a motivação.


Para quem convive com artrose, limitações articulares ou outras condições crônicas, ajustes simples - como escolher superfícies seguras, priorizar aquecimento e fortalecer a musculatura de suporte - fazem toda a diferença.


Leny, que convive com artrose e dores nos joelhos e braços, aprendeu a transformar restrição em invenção. “Além de melhorar meu condicionamento físico e memória, me ajuda a relaxar. Mesmo cansada, a dança renova corpo e mente”, garante.


A declaração de Leny encapsula o que muitas pesquisas e histórias de vida vêm mostrando: a dança não é apenas um remédio para o corpo, mas também um antídoto para o isolamento e a perda de sentido que podem acompanhar o envelhecimento.


No fim das contas, celebrar o Dia do Idoso é também celebrar movimentos, passos dados em ritmo próprio, aprendizados reaprendidos a cada aula, encontros que prolongam a vida. Se a saúde pública e as políticas locais oferecem espaço e oportunidades, a dança pode transformar pra valer o cotidiano de quem envelhece: tornando o corpo mais seguro, a mente mais atuante e a vida, simplesmente, mais viva.

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