Tecnologia apoia a conservação do legado cultural dos povos indígenas do Xingu com réplica de Gruta Sagrada
- O Canal da Lili
- 17 de abr.
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Em comemoração ao Dia Nacional dos Povos Indígenas (19), a Iniciativa Living Legacy da Iron Mountain celebra o papel da tecnologia na conservação da Gruta Sagrada de Kamukuwaká, localizada no Território do Xingu (MT). Uma réplica em tamanho real da gruta, vandalizada em 2018, foi construída pela Factum Foundation, na Espanha, em colaboração com o povo Wauja e com o People's Palace Projects. Com a ajuda da Crozier, uma empresa da Iron Mountain, a gruta foi transportada de Madri para a aldeia Ulupuwene no Território do Xingu, onde continua a ser celebrada pelo povo Wauja como peça fundamental de seu patrimônio cultural desde sua entrega no final de 2024.
As imagens ancestrais esculpidas na rocha da gruta que foram recriadas na réplica, contam as histórias de origem do povo do Xingu, seu ancestral Kamukuwaká e suas batalhas com o sol ciumento, Kamo. No curto espaço de tempo desde que a réplica foi entregue e abrigada em um centro cultural e de monitoramento, já recebeu visitantes de todo o mundo. E agora é lá que as gerações mais jovens podem aprender sobre sua cultura e seu passado, que quase se perdeu, e permitir que outros prestem homenagem a seus ancestrais. “Kamukuwaká é nossa história sagrada. Nossa lenda. Kamukuwaká é o nome do jovem escolhido. Aquele com as orelhas furadas”, disse Elewoka Waua, cacique Wauja.
Com o papel de repassar o conhecimento ancestral do povo na aldeia, o professor Autaki Waurá destacou que as crianças da comunidade vinham aprendendo as histórias de Kamukuwaká apenas pela tradição oral desde o vandalismo em 2018. “Mas agora a réplica é um instrumento pedagógico poderoso para que elas conheçam melhor e valorizem a própria identidade e cultura. A rotina da aldeia mudou bastante - é dentro do centro cultural que as crianças aprendem as histórias, danças e cantos. Vamos transferir o nosso museu para lá e estamos avaliando um projeto de turismo ecológico para atrair visitantes”.
A Iron Mountain é líder global em gerenciamento de informações. A Living Legacy Initiative é o compromisso global da empresa de apoiar as comunidades preservando e tornando acessíveis informações e artefatos culturais e históricos. Para o transporte da réplica da Gruta Sagrada de Kamukuwaká, que percorreu mais de 8.000 quilômetros por mar e terra, a réplica foi embalada, encaixotada e enviada usando serviço de transporte marítimo sustentável. De acordo com a Gallery Climate Coalition, o transporte de uma obra de arte por via aérea tem, em média, sessenta vezes mais impacto climático do que o transporte da mesma distância por via marítima.
“Todos os dias, protegemos os ativos e as informações mais vitais de nossos 240 mil clientes em 61 países. A Living Legacy Initiative estende esse mesmo cuidado e conhecimento às comunidades por meio de parcerias com organizações sem fins lucrativos”, disse Ana Carla Martins Netto, Gerente Comercial Geral da Iron Mountain Brasil. “Trabalhamos com nossos parceiros para ir além da conservação do passado e garantir que as informações históricas sejam compartilhadas por meio de experiências e de aprendizado envolventes, como a réplica da Gruta Sagrada de Kamukuwaká”.
Além de financiar o transporte da réplica da Espanha para o Brasil, a Living Legacy Initiative também forneceu recursos para a construção de um centro cultural e de monitoramento de 150 metros quadrados que abriga a réplica. O centro foi construído de acordo com os princípios da arquitetura sustentável, usando técnicas de bioconstrução e mão de obra indígena local. O edifício é equipado com paineis solares, serviço de Internet, escritório e espaços de armazenamento que permitem que o povo Wauja monitore o território e o rio Batovi usando drones, câmeras e GPS.
“À medida que os incêndios queimam as florestas que abrigam esses povos há séculos, você percebe como a tecnologia pode realmente desempenhar um papel vital na preservação das tradições vivas. Essa é a memória coletiva do povo Waju”, disse Adam Lowe, fundador da Factum Foundation, que utilizou tecnologias avançadas de digitalização e impressão 3D para criar a réplica.
De acordo com Yula Rocha, Gerente de Comunicação e Gerente de Projetos Indígenas e Climáticos do People's Palace Projects, esse é apenas o começo dessa história. “Este é o início da recuperação da memória coletiva do povo Wauja, do povo do Território do Xingu e de todos os brasileiros. Muitas vezes os brasileiros se esquecem de seus ancestrais, mas eles estão aqui”.
O projeto Kamukuwaká ressalta como a tecnologia e a colaboração entre empresas privadas, comunidades locais e especialistas em conservação podem desempenhar um papel fundamental na proteção dos legados indígenas em meio às ameaças contínuas a seus territórios e tradições.
Sobre a Iron Mountain
A Iron Mountain (NYSE: IRM) é líder global em serviços de gestão da informação. Fundada em 1951 e com a confiança de mais de 240 mil empresas clientes em todo o mundo, a Iron Mountain se dedica a proteger e elevar o poder do trabalho das empresas clientes. Por meio de uma variedade de serviços, incluindo transformação digital, data centers, armazenamento seguro de registros, gestão da informação, gestão do ciclo de vida de ativos, destruição segura e armazenamento e logística de arte, a Iron Mountain ajuda as empresas a trazer luz aos seus dados escuros. Isso permite que os clientes desbloqueiem valor e inteligência de seus ativos armazenados no modo digital e físico com rapidez e segurança, ao mesmo tempo que a Iron Mountain os ajuda a atingir suas metas ambientais. Para saber mais sobre a Iron Mountain, visite o website oficial e siga o LinkedIn.
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