Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), há cerca de 1,2 milhão de brasileiros com Doença de Alzheimer atualmente, condição que acomete principalmente pessoas com mais de 60 anos, e a tendência é de que esse número dobre até 2030 e triplique em 2050. A enfermidade tem causas idiopáticas, ou seja, ainda desconhecidas cientificamente, e leva o paciente à demência. Exercícios fisioterapêuticos são capazes de retardar sintomas e aumentar a qualidade de vida de idosos.
A coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Jundiaí, professora Priscila Azevedo Girotti Martins, explica que a Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que altera as funções cognitivas - memória, orientação, atenção e linguagem - e outras funções mentais importantes. Ao receber o diagnóstico clínico, o paciente deverá fazer acompanhamento médico e da equipe interdisciplinar.
“Embora não tenha cura, as sessões de exercícios específicos melhoraram as funções cognitivas e motoras”, explica a docente. “As atividades propostas no dia a dia, irão trazer autonomia para o portador, além de evitar ou retardar danos motores e minimizar quedas, por exemplo”, completa.
LEITO
As técnicas fisioterapêuticas são ainda mais necessárias em pacientes em fases avançadas, acamados. “Ao ficar deitado na maior parte do tempo, a ação da gravidade no corpo não exige muito do equilíbrio do indivíduo. A área encefálica, denominada cerebelo, responsável por essa questão, fica preguiçosa e precisa ser estimulada por meio de exercícios”, afirma. As ações irão estabilizar a sustentação do corpo e prevenir complicações de deformidade, além de manter a melhora da amplitude de movimentos, de acordo com a fisioterapeuta.
Incitar que atividades rotineiras sejam feitas com o mínimo de ajuda e estimular o paciente a andar mais podem desacelerar e evitar dificuldades comuns causadas pela doença, como prisão de ventre e problemas na condição respiratória. “O leito em longos períodos ocasiona comorbidades maiores de ordem orgânica”, afirma Priscila.
O acompanhamento de idosos com cuidadores e fisioterapeutas é indicado em todas as fases do Alzheimer. As atividades serão propostas de acordo com o avanço de cada paciente. “O controle do declínio mental, das mudanças de comportamento e humor devem ser realizados por profissionais especializados”, alerta a professora.
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