O presidente do Instituto Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), Wagner da Silveira, o Juca dos Metalúrgicos, lamentou postura de intransigência do prefeito Luciano Almeida, que suspendeu as negociações com o Sindicato dos Servidores Municipais de Piracicaba e judicializou a greve deflagrada na última sexta-feira (1º), depois de ter dito durante toda campanha eleitoral de 2020, que iria valorizar os servidores municipais. Nesta quarta-feira (6), diversos diretores do Instituto Conespi estiveram em frente ao prédio do Centro Cívico, levando apoio ao Sindicato dos Municipais e aos servidores municipais em greve. Além dos discursos de apoio, os sindicatos filiados ao Instituto Conespi estão fornecendo todo sistema de som utilizado desde o início da greve, enquanto a Subsede em Piracicaba da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino do Estado de São Paulo) está oferecendo café aos participantes do movimento.
Nas diversas manifestações de dirigentes sindicais, o vice-presidente do Instituto Conespi, José Antonio Fernandes Paiva, disse também que não será a multa de R$ 50 mil ao Sindicato dos Servidores Municipais, fixada de forma monocrática pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que irá impedir a manutenção da greve pela categoria. “Os sindicatos filiados ao Conespi estão apoiando este movimento e, certamente, irá contribuir com o pagamento da multa que vier a ser aplicada, assim como os próprios servidores, certamente, irão contribuir, porque a luta é em defesa de uma categoria como um todo que está sem reajuste salarial há três anos”, disse, lembrando esse tipo de ameaça é antiga mas que desconhece que algum sindicato até hoje tenha tido que pagar qualquer multa.
Durante as manifestações, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Valdir Sgrineiro, lembrou que em 1994, os servidores chegaram a realizar uma greve de 45 dias, também por reajuste salarial, e que o movimento, como naquela época, está muito forte. Osmir Bertazzoni, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais, também encorajou a categoria a manter a greve e disse que a entidade estaria se preparando para defender juridicamente, inclusive, não descartando de levar a demanda para o STF (Supremo Tribunal Federal), uma vez que a administração municipal acabou não levando o dissídio coletivo dos servidores para a justiça trabalhista, que é o fórum legítimo.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Artefatos de Piracicaba, Emerson Cavalheiro, também manifestou total solidariedade aos municipais, defendendo que a categoria se mantenha em greve enquanto as negociações não forem retomadas e a administração atenda as reivindicações da categoria. “Pode ter a certeza de que o Sintipel estará até o final com vocês”, discursou.
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