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Black Beauty: mercado da ‘beleza equitativa’ representa uma oportunidade de US$ 2 bilhões, aponta relatório

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    O Canal da Lili
  • há 18 minutos
  • 2 min de leitura
Novembro Negro tem funcionado como um acelerador para mudanças no mercado de estética - Foto: Freepik
Novembro Negro tem funcionado como um acelerador para mudanças no mercado de estética - Foto: Freepik

O relatório “Representatividade negra na indústria da beleza”, da McKinsey Quarterly, aponta que cerca de US$ 2 bilhões em receitas estão “à ver navios” devido à falta de investimento em beleza equitativa. Com a emergência da descolonização estética, o setor tem perdido uma parcela crescente de consumidoras negras, insatisfeitas com produtos e procedimentos que não contemplam seus tons de pele.



Esse descontentamento tem encontrado força em campanhas e discussões durante o Novembro Negro, mês voltado à reflexão sobre identidade, representatividade e equidade racial. O movimento reflete uma mudança de comportamento apontada pela Mintel em 2023, em que 46% das mulheres negras afirmaram estar cansadas de ouvir como deveriam parecer.



Nesse contexto, os procedimentos estéticos no mercado nacional ganharam uma nova roupagem, passando a atuar como aliados na valorização da autoestima e no reforço à identidade afro-brasileira. Para se ter uma dimensão desse potencial, dados cruzados da Market.Us e InsightAce Analytic indicam que o mercado global de beleza negra alcance entre US$ 31 à 34 bilhões até 2034, com um crescimento anual mínimo de 8% e máximo de 14%.


Atuando há 10 anos com especialização em pele preta no Brasil, a biomédica esteta Jéssica Magalhães reforça que a procura por tratamentos personalizados aumentou significativamente, impulsionada pelo interesse em procedimentos que respeitem a identidade e os traços específicos da pele afro-brasileira. “O mercado está mais atento à representatividade, mas ainda existe uma lacuna entre o que é oferecido e o que a pele negra realmente necessita. É uma oportunidade enorme para transformar procedimentos em experiências de valorização e empoderamento”, afirma.


Segundo Jéssica Magalhães, ainda existe uma lacuna entre o que é oferecido e o que a pele negra realmente necessita - Foto: Divulgação
Segundo Jéssica Magalhães, ainda existe uma lacuna entre o que é oferecido e o que a pele negra realmente necessita - Foto: Divulgação

Segundo a especialista, cada cliente exige um olhar individualizado, e a valorização da pele negra vai muito além da aplicação de produtos. Avaliar a tonalidade, textura, densidade de colágeno e as respostas da pele em diferentes ativos é fundamental para garantir resultados naturais e seguros. “É essencial conhecer como a pele negra reage a cada substância; se o objetivo é hidratar, uniformizar o tom ou trabalhar contornos. Um planejamento cuidadoso evita pigmentações indesejadas e resultados artificiais”, explica Jéssica Magalhães.


A biomédica avalia que o Novembro Negro tem funcionado como um acelerador para mudanças no mercado de estética, forçando clínicas e profissionais a repensarem protocolos e produtos. Na prática, ela própria revisita constantemente cada etapa de seus atendimentos, ajustando técnicas, combinando procedimentos e testando novas abordagens para garantir que cada cuidado seja relevante e contemporâneo.


A profissional também cita a importância de unir cuidados estéticos a hábitos saudáveis em casa, como hidratação adequada, uso de protetor solar, atenção à ácidos e uso de produtos compatíveis com a pele. “O cuidado contínuo é tão importante quanto o procedimento realizado no consultório. Quando aliados a tratamentos personalizados, esses cuidados ajudam a prolongar os efeitos, manter a saúde da pele e reforçar a autoestima. O Novembro Negro é um momento de reflexão, mas também de ação, já que valorizar a própria pele é celebrar a ancestralidade e fortalecer a identidade”, analisa Jéssica.

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