São Paulo: Ato na avenida Paulista defende educação especial em escolas públicas, no domingo (23)
- O Canal da Lili

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O Movimento Em Defesa da Educação Especial realiza, no próximo domingo (23), às 13h, um ato na avenida Paulista, em frente ao Masp - Museu de Artes de São Paulo. O evento marcará a união dos coletivos de todas as regiões do Estado, formados por pais e familiares das crianças com deficiência e neurodivergentes, professores e educadores contrários à retirada de docentes capacitados para apoio a esses estudantes com deficiência e neurogivergentes nas escolas públicas para serem substituídos por cuidadores terceirizados.
Esse assunto foi alvo de protestos em diversas cidades paulistas, que aconteceram no dia 1º de novembro. E no domingo (23), o movimento deverá unir todos os coletivos em defesa da educação inclusiva de qualidade no Estado de São Paulo e pelos direitos dos estudantes com deficiência e atípicos contarem com professores capacitados nas escolas públicas.
“A educação inclusiva vai muito além da simples presença do estudante na sala regular: significa garantir condições reais de aprendizagem, participação e desenvolvimento. Isso envolve o fortalecimento do trabalho do professor de educação especial, das salas de recursos, dos profissionais de apoio e dos professores auxiliares especializados, além de adaptações curriculares e planejamento coletivo dentro das escolas”, explica Priscila Gomide, uma das lideranças do movimento.
A decisão do Governo do Estado para as escolas estaduais e que começa a ser replicadas também por diversas prefeituras nas escolas municipais é um retrocesso nos recentes avanços da educação inclusiva. Nos últimos anos, no entanto, políticas estaduais têm provocado grande preocupação.
“O Decreto 67.635/2023, regulamentado em 30/09/2025 pela Resolução Seduc - Secretaria Estadual de Educação129/2025, substituiu o professor auxiliar especializado por profissionais de apoio sem formação específica, exigindo apenas ensino médio e um curso de 80 horas. Essa medida representa um grave retrocesso, ela ignora que a educação especial exige conhecimento pedagógico, planejamento e práticas especializadas, não se restringindo a cuidados físicos ou rotinas de vida diária”, explica Priscila.
Diante desse cenário, o movimento tem intensificado sua mobilização em todo o Estado de São Paulo, organizando atos públicos, abaixo-assinados, caminhadas, debates e audiências. Já foram acionados o Ministério Público, Defensoria Pública, além de reunião na Secretaria Estadual de Educação, audiências públicas na Alesp - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, entre outras medidas.
O movimento já conquistou a recondução dos professores auxiliares especializados para este ano e está em trâmite um Projetos de Decreto Legislativo números 29 e 30, de 2025, contra a Resolução 29/2025. O movimento atua na defesa da educação especial de qualidade e todas as ações tem como objetivo dar visibilidade às necessidades reais dos estudantes com deficiência e o respeito aos direitos dessas crianças e adolescentes e, principalmente, às políticas públicas e à inclusão de fato.
SERVIÇO
Ato em defesa da Educação Especial: próximo domingo (23), a partir das 13h. Local: Em frente ao Masp, na avenida Paulista, em São Paulo. Organização: Movimento em Defesa da Educação Especial






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