*Texto: Eliana Teixeira
Imagina alguém que você conhece apenas por ouvir dizer, através do que escuta de outra pessoa e pela versão desse indivíduo... Pode ser que, ao ouvir a parcialidade dessa pessoa sobre alguém que você não conhece direito, isso te influencie negativamente. E o relacionamento com Deus não é diferente disso. Se você ouvir ou ler relatos descontextualizados de um Deus bravo, zangado, punitivo, certamente, sua impressão não será nada boa e, provavelmente, desejará ficar longe dele.
Mas quando somos apresentados a um Deus longânimo – paciente, generoso, sensato – começamos a entender o que de fato é o amor divino, paternal, no que se refere ao cuidado e instrução de vida que todos os pais deveriam ter com seus filhos.
Ao nos aproximarmos desse Deus despido da religiosidade, cuja imagem de amor mais real é sua encarnação como homem – o Deus filho, Jesus – e depois como Cristo ressurreto – aquele que venceu a morte -, vemos que nossos erros – também chamados de pecados – sempre podem ser perdoados pelo Pai.
O livro de Oséias, no Antigo Testamento, relata as traições de Gômer ao marido, o profeta Oséias. As traições eram públicas, inúmeras, porém, o profeta escolhe perdoar a esposa e ajudá-la a mudar seu comportamento, permanecendo casado com ela. Poderia ser o exemplo de homem infiel e de uma mulher que perdoa e ajuda o companheiro a mudar de comportamento. Mas o que chama a atenção neste livro é a alusão que se faz sobre a longanimidade de Deus em relação a nós, a não nos abandonar e nos permitir melhorarmos como novas criaturas.
Sempre há possibilidades de mudanças. E o Deus que habita em você, que habita em mim, nos impulsiona para sermos melhores, não importa o quanto tenhamos errado. “Serei para Israel como orvalho, ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano. Estender-se-ão os seus ramos, o seu esplendor será como o da oliveira, e sua fragrância, como a do Líbano”. (Oséias 14:5-6)
Desejo-lhe uma semana com o frescor do orvalho, com as mais belas flores ao longo de sua caminhada. E lembre-se: Deus é paciente, generoso e sensato.
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