A Comissão de Relações Internacionais da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) celebrou, no último dia 17, um acordo que visa estreitar parcerias entres as três principais universidades públicas do Estado - USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) - e países da América Latina, para ampliar o intercâmbio estudantil. O ato solene foi realizado de forma presencial no auditório Teotônio Vilela e contou com a participação do presidente do Grulac (Grupo de Países da América Latina e Caribe), que também é embaixador e cônsul-geral do Paraguai em São Paulo, Luis Fernando Avalos, bem como a presença da reitora da Universidad Nacional de Asunción, Zully Concepción Vera.
A partir da parceria com o Grulac, as universidades irão promover a internacionalização de cursos de graduação, mestrado e doutorado, a elaboração conjunta de projetos de pesquisa e organização de eventos científicos e culturais, além de outros.
Durante a reunião, o reitor da Unesp, professor Pasqual Barretti, argumentou que a parceria entre as instituições busca valorizar ainda mais a conexão e troca entre os países latino-americanos. “A internacionalização é uma meta e uma realidade de todas as universidades, mas tem sido muito focada na excelência do hemisfério Norte. Nós temos que nos aproximar mais dos países irmãos da América Latina, que também têm muita excelência”, disse.
No mesmo sentido, o reitor da USP, professor Carlos Gilberto Carlotti Filho, afirmou que o Estado tem um compromisso velado com as nações vizinhas. “São Paulo tem uma responsabilidade de fazer essa internacionalização, principalmente de apoiar a América Latina, pois são países que nós temos quase que uma obrigação moral de colaborar”, afirmou.
Para o reitor da Unicamp, Antônio José de Almeida, a união representa uma promoção do desenvolvimento para todos. “Conhecimento é uma coisa que não tem fronteira e quanto mais se troca, mais você gera possibilidades de desenvolvimento. No caso específico da América Latina e Caribe, temos muitas coisas em comum, como problemas sociais e novas possibilidades. Essas colaborações podem gerar maior troca de conhecimentos”, destacou.
Já o Sandro Valentini, subsecretário de Ensino Superior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, afirmou que a parceria entre as instituições é uma oportunidade relevante e necessária. "Por quê não fortalecer as relações com os nossos vizinhos? Por quê não termos uma estratégia pensando sempre nas relações entre o Norte e o Sul (os hemisférios)? Isso é muito importante”, enfatizou.
Ao final da reunião os representantes assinaram uma declaração que acordava as parcerias. O documento foi encaminhado à Mesa Diretora da Alesp para receber novas assinaturas e, futuramente, ser encaminhado às respectivas universidades.
Também estiveram presentes o cônsul-geral de Cuba, Pedro Monzón; a cônsul-geral da Colômbia, Ana Laura Acosta Orjuela; o cônsul-geral do Equador, Marco Larrea Monard; o cônsul-geral do México, José Alberto Limas; o cônsul-geral do Panamá em Santos, Rodney Emmanuel Moreno; o cônsul-geral do Uruguai, Gustavo Dibarboure, e o cônsul-geral do Peru, César Augusto De Las Casas.
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