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Foto do escritorO Canal da Lili

Referência moderna do shoegaze, Nothing estreia no Brasil em abril com show único em São Paulo


Um estilo que floresceu no final dos anos 80 e ficou mundialmente famoso com My Bloody Valentine, Slowdive e Ride, o shoegaze atravessou décadas com muita distorção. Atualmente, é ainda bastante praticado por bandas que tanto escolhem a sutileza ou aquelas que exploram o peso e a incursão de ruídos. No meio do caminho está a norte-americana Nothing, um colosso sonoro que oferece um turbilhão de sensações com seu shoegaze denso, melódico e com nuances de dream pop. No melhor momento da carreira, tida como referência desta nova geração do estilo, o Nothing finalmente estreia no Brasil dia 30 de abril, em São Paulo, no Fabrique Club.






A realização é da Powerline Music & Books. Além de Brasil, com abertura do gorduratrans e Putz, a inédita turnê latina do Nothing passa por México (27/04) e Costa Rica (28/04).


Nestes últimos anos, o Nothing ganhou enorme reconhecimento, principalmente devido a uma extensa e concorridíssima turnê ao lado do Basement, abertura de show para o My Chemical Romance, apresentação calorosa no festival Psycho Las Vegas (com Godspeedyou! Black Emperor e Defheaven como umas das atrações principais) e shows por toda Europa e Ásia.


Toda essa exposição é, principalmente, resultado do trabalho do Nothing em Dance on the Blacktop (2018), o terceiro disco, e o mais recente The Great Dismal, de 2020, ambos lançados pela gravadora Relapse Records. Absolutamente tudo foi composto por Domenic Palermo, o vocalista e fundador da banda, que é, hoje, uma das mais brilhantes mentes criativas do indie rock mundial.


E não à toa o Nothing está sempre ao lado de gigantes da produção: o experiente John Agnello (Dinosaur Jr, Sonic Youth, The Hold Steady, entre outras) em Dance on the Blacktop e Will Yip (Code Orange, Turnstile) no The Great Dismal.


Definitivamente, Dance on the Blacktop colocou o Nothing em um patamar avançado da cena indie mundial, apesar de, musicalmente, ser um prologamento natural dos dois anteriores - Guilty of Everything (2014) e Tired of Tomorrow (2016). Mídias do mainstream, como NME, Pitchfork, Pop Matters e Rolling Stone destacaram o álbum, sempre com elogios e reforçando a capacidade da banda em tratar de temas sensíveis e sociais com tamanha sensibilidade, usando diferentes texturas sonoras, ruídos, riffs e o que mais for preciso para expressar uma mensagem pertinente à contemporaneidade.


A grande exposição e turnês pelo mundo continuaram com The Great Dismal, um disco em que a banda explora temas existencialistas de isolamento, extinção e comportamento humano diante do vasto terreno baldio no então inóspito ano pandêmico de 2020. Mais um registro que equilibrou perfeitamente a leveza e a espessura da produção massiva e distorcida da banda.


Muitas das músicas apresentam riffs grossos e ritmos pesados que são canalizados através da dinâmica de “parede de som” da marca registrada do gênero, mas há uma qualidade letárgica e sonhadora nelas que fica bem e não se torna arrogante.


Bandas de abertura: gorduratrans e Putz

O duo alternativo carioca gorduratrans é banda em evidência no cenário alternativo nacional por meio do igualmente hypado selo Balaclava Records. Após os bens sucedidos álbuns "repertório infindável de dolorosas piadas" (2015), debut do duo, e "paroxismos" (2017), a dupla entrou em 2022 com uma sonoridade mais completa e madura no terceiro disco "zera", com novas temáticas que vão além das relações amorosas na juventude e com um noise rock ainda mais explosivo.


De São Paulo, a Putz traz seu rock alternativo com letras pessoais da vocalista e guitarrista Gi Ferreira, alternando entre momentos explosivos e outros mais calmos pelos acordes e batidas de Sarah C (baixo), Cyro Sampaio (do menores atos, guitarra) e Antonio Fermentão (do Zander, bateria). O primeiro disco foi lançado em outubro de 2021, com 11 faixas criativas, inteligentes e empolgantes - ainda mais ao vivo.


SERVIÇO

Nothing (EUA) dia 30 de abril em São Paulo: 30/04/2023. Horário: 17h (abertura da casa). Local: Fabrique Club (rua Barra Funda, 1.075 - Barra Funda/SP). Ingresso: R$ 130,00 (meia/promocional, 1º lote); R$ 260,00 (inteira); R$ 150 (meia/promocional, 2º lote). Venda on-line: https://pixelticket.com.br/eventos/12583/nothing-no-fabrique-club. Classificação etária: 16 anos. (Promocional para não estudantes doando 1 livro ou 1kg de alimento não perecível).


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