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Quebradas e Culturas: de volta aos palcos, rapper Airan o Turco solta as rimas no Hip Hop

Atualizado: 13 de mar. de 2022


Airan o Turco é jornalista, rapper e produtor - Imagem: Gustavo Annunciato

Um jornalista. Um rapper. Um produtor. Não, não, não são três pessoas distintas. É apenas um ser de habilidades múltiplas, Airan Prada Jorge Rodrigues – o Airan o Turco -, 32 anos, jornalista formado em 2015 pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), que estava como pássaro em gaiola com as restrições das apresentações artísticas impostas como controle da pandemia de Covid-19. Mas o pássaro voltou a voar, livre para soltar as rimas, fazer um som para libertar a mente e não apenas para aparecer, como diz em suas rimas nos palcos.


Natural de Santa Bárbara d´Oeste (SP), Airan o Turco mora em Piracicaba (SP) desde os 2 anos de idade. Atua como analista de mídias sociais e cursa MBA em Digital Business pela Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo), além de desenvolver trabalhos ligados à cultura Hip Hop, como rapper e produtor. De volta aos palcos, com novos projetos, ele conta como foi lidar com o isolamento social, a origem de seu nome artístico, os novos projetos. Confira a entrevista:


Como você lidou com o isolamento imposto pela pandemia e, consequentemente, com a interrupção das apresentações artísticas?

Aproveito a oportunidade para me solidarizar com todas as famílias enlutadas da cidade e do País. Foi um momento difícil para todos os trabalhadores, especialmente para os do ramo cultural. Eu passei por cirurgia em 27 de março de 2020, então, permaneci boa parte da quarentena daquele ano me recuperando. Depois, como o setor artístico consistiu em um dos últimos a retomar as atividades, busquei novos desafios no jornalismo até conseguir recolocação em abril deste ano. A partir da vacinação e do retorno parcial dos eventos culturais, colocamos na rua o projeto Quebradas e Culturas e pude voltar a cantar e a produzir arte após dois anos, o que encheu meu coração de esperança.


Quem teve a ideia do seu nome artístico – Airan o Turco – e por quê?

Quando morei em Santos (SP), em 2016, conheci o músico Rica Silveira (ou Ricardo QPam), com passagens por diversas bandas expressivas de hardcore. No rap, eu era conhecido como Turco (apelido que ganhei na adolescência), mas ele me disse que diversos artistas utilizavam o mesmo pseudônimo. Então, sugeriu que eu unisse o nome ao “vulgo” e foi daí que surgiu o “Airan o Turco”.


Quando você iniciou no rap e o que ele representa para você? É fácil conciliar a carreira artística com o jornalismo?

Sempre curti ouvir rap, mas, em 2014, conheci os duelos de rima de improviso ao entrevistar Daniel Garnet e Robson Peqnoh, organizadores da Batalha Central, enquanto estagiário da Rádio Difusora de Piracicaba. O evento ocorria na Praça José Bonifácio, em frente à sede da Difusora. Era uma sexta-feira à noite e eu havia finalizado o plantão esportivo de uma partida do XV de Piracicaba pelo Campeonato Paulista de futebol masculino. Antes de seguir para casa, decidi assistir ao duelo de rimas e produzir uma reportagem. Encantei-me com todo aquele público vibrando a cada verso bem encaixado e resolvi aprender a rimar. Já em 2017, lancei meu EP, Dialética. A música de trabalho, O Sussurro do Surdo, me abriu diversas portas, como as dos festivais Sons da Rua (fui selecionado pelo grande Thaíde), Dia da Música e Festeco. Sobre conciliar os trabalhos culturais com o jornalismo, demanda grande esforço, mas tenho prazer em desenvolver ambas as atividades. No fim, vale muito a pena, não consigo viver sem essas duas paixões! Para mim, a cultura Hip Hop (da qual o rap faz parte juntamente com o DJ, o Grafite e o Break) é fundamental ao desenvolvimento do senso crítico e da humanização das relações.


Como surgiu o projeto Quebradas e Culturas e qual é o objetivo?

O projeto Quebradas e Culturas surgiu como uma ação alternativa de distensionamento social, por meio da implementação de um espaço de diálogo entre as comunidades periféricas, através da Hip Hop, do cinema e da educação. Ele é resultado da união entre diversos setores e é realizado pela Algoritmo Produções, pela Batalha Central, pela Tempo D Comunicação e Cultura, pela Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural), pela Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) e pela Prefeitura de Piracicaba. Gostaria de agradecer a cada um dos envolvidos na inciativa, porque, sem todas essas pessoas e instituições, não seria possível botar o projeto na rua. O “Quebradas e Culturas” objetiva criar um canal de articulação entre os diversos bairros periféricos de Piracicaba e propiciar mais um espaço de divulgação das manifestações culturais locais. A primeira edição foi no Tatuapé II e, em breve, o projeto deve chegar a outros bairros da cidade (Piracicaba-SP). Mais informações podem ser obtidas no Instagram @quebradaseculturas.


UMA ALEGRIA

“Conviver diariamente com minha mãe, a professora Cimara Prada, meu maior exemplo de persistência, dedicação às pessoas e profissionalismo. Dona Cimara, te amo!”


UMA TRISTEZA

“Ter sido vítima, muito novo, de uma diverticulite com perfuração intestinal. A cirurgia que citei no início da entrevista decorreu dessa complicação, que limita bastante algumas ações. Mas vamos em frente, sempre!”


MAIOR REALIZAÇÃO

“Ter aproveitado as oportunidades de adquirir conhecimento, todas possibilitadas e incentivadas pela minha mãe”.


SERVIÇO

Redes sociais e contatos de Airan o Turco e Projeto Quebradas e Culturas: Instagram - @airan.o.turco e @quebradaseculturas. E-mail: airan.prada@gmail.com .



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