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Psicólogo parental alerta sobre a solidão sentida por crianças e adolescentes

Foto do escritor: O Canal da LiliO Canal da Lili

A solidão entre crianças e jovens pode desencadear uma série de dificuldades - Foto: Ilustrativa/Freepik

A solidão não é exclusiva dos adultos. Existem muitas crianças e adolescentes que vivenciam esse sentimento, mesmo estando rodeados de amigos. “A solidão, nessas fases da vida é uma emoção angustiante que pode desencadear problemas sérios no desenvolvimento e tornar crianças e jovens mais vulneráveis às dificuldades sociais, emocionais e aos transtornos psiquiátricos”, diz Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT. “Por isso, é importante que os pais, cuidadores e educadores fiquem atentos aos sinais que podem indicar a existência do problema”, completa.



O especialista destaca que “sentir-se bem” quando está sozinho é saudável e esse sentimento não deve ser confundido com a solidão, que é uma sensação desagradável e que se configura como um sofrimento constante. Entre os principais indícios de solidão estão: baixa autoestima, depressão, alterações de peso, mudanças na alimentação, isolamento, alterações do sono, dificuldades acadêmicas.




Consequências da solidão

A solidão entre crianças e jovens pode desencadear uma série de dificuldades, incluindo isolamento social, baixa autoestima, ideações suicidas e transtornos psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia ou transtornos de personalidade. “A criança pode perder a conexão com o mundo e por isso é um problema que merece um olhar atento e cuidadoso”, alerta o psicólogo.

Na vida adulta, o indivíduo pode ter sua vida profissional e pessoal prejudicada, em função das dificuldades de socialização.

Tratamento

O tratamento da solidão infantil e adolescente deve combinar psicoterapia e medicações, quando necessário. Em tempo: a modalidade de terapia conhecida como AT - Acompanhamento Terapêutico é muito indicada, já que o profissional atua diretamente nos ambientes das crianças e jovens, identificando na prática as situações que levam à solidão e orientando práticas eficazes para lidar com elas, em tempo real e no dia a dia. “O Acompanhamento Terapêutico ajuda no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e no resgate da socialização”, explica Colombini.

O QG do Rolê, um dos projetos da Equipe AT, promove encontros que visam fortalecer a autonomia e socialização destes indivíduos. “No QG do Rolê formamos grupos de crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de socialização; que buscam desenvolver e manter relacionamentos e que se reúnem e treinam em equipe suas habilidades em prol da autonomia”, detalha Colombini. “Com esses grupos realizamos diversas atividades de lazer, indo a parques, restaurantes, exposições e até baladas, pensando sempre em promover de forma ativa a independência, interação e amizade entre os participantes, que trazem importantes ganhos sociais”, completa.

De acordo com Colombini, a família também tem papel crucial no tratamento. “Os familiares que apoiam seus filhos e buscam ajudas, frente à solidão que estes vivenciam, podem promover o bem-estar e fortalecimento psicológico”, diz o psicólogo. “Por isso, a comunicação adequada e a empatia com as crianças e jovens são fundamentais”, complementa.

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