
A presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel (PT), considerou fundamental o encontro que o presidente Lula realizou, na última terça-feira (18), com governadores, prefeitos de capitais e presidentes dos poderes constituídos para debater e anunciar medidas para melhorar a segurança de nossas escolas. Para Bebel, “Lula fez o que se espera de um presidente: humano, humanista, preocupado com nosso povo e com nossas crianças, mostrando que é preciso diálogo e envolver toda comunidade nesse processo”.
As medidas anunciadas, como defende a própria Professora Bebel, levam em conta que as escolas são, antes de tudo, espaços educativos, de diálogo e de liberdade. “Nela não cabem armas, nem violência, real ou simbólica”, enfatiza.
Para Bebel, envolver toda a sociedade na busca de soluções e garantir que as escolas sejam aprazíveis e bem equipadas em todos os sentidos para bem cumprirem seu papel social, com ampla participação da sociedade, “esse é o caminho. Assim como responsabilizar e punir com rigor quem pratica e incentiva a violência. Como disse o presidente Lula, não vamos transformar escolas em presídios de segurança máxima. Educação combina
com amor e é com amor e medidas concretas que nossas escolas se tornarão mais seguras”, escreveu em suas redes sociais.
Para o presidente Lula, há uma predominância na pregação da violência no ambiente da internet, e que a sociedade e as famílias devem assumir a responsabilidade pelo processo educacional das crianças e adolescentes. Para ele, as plataformas digitais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo que ajudam a disseminar.
O presidente enfatizou que “não é possível que eu possa pregar o ódio na rede digital, que possa ficar fazendo propaganda de arma, ensinando criança a atirar, é isso que vemos todo santo dia. A verdade é que uma criança de 6 anos, 9 anos, ela repercute na escola o que ela ouve dentro de casa”, destacando que o PNE - Plano Nacional de Educação prevê que a comunidade tem que assumir responsabilidade pelo que acontece nas escolas.
Para Lula, há uma mudança de padrão de comportamento na sociedade e não é possível permitir que o ódio prevaleça. “Quando a criança de 8 anos acha que arma é solução, ela viu na Bíblia? Não. No livro escolar? Não. Ela ouviu do pai ou da mãe dentro de casa e é por isso que precisamos ter em conta que sem a participação dos pais a gente não recupera um processo educacional correto nas escolas”, argumentou.
No evento, o Governo Federal também anunciou um programa de fomento para implementação de ações integradas de proteção ao ambiente escolar. As medidas somam R$ 3,115 bilhões para infraestrutura, equipamentos, formação e, principalmente, apoio e implantação de núcleos psicossociais nas escolas.
Para o presidente Lula, elevar muros e instalar detectores de metais não é a solução. “Não vamos transformar as escolas em prisão de segurança máxima, que não é a solução. Nem tem dinheiro para isso e nem é politicamente correto, humanamente e socialmente correto”, disse.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também propôs que estados e municípios criem comitês de discussão com as comunidades locais sobre a proteção ao ambiente escolar. “Esse é o momento de unirmos a todos, independente de questões políticas, partidárias ou ideológicas, o que está em jogo é a vida de crianças e jovens nesse país”, disse.
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