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Pesquisa da Apeoesp: estudantes, professores e familiares querem mais investimentos em educação


A deputada Bebel diz que está claro que a educação básica pública não vai melhorar sem mais investimentos - Imagem: Divulgação

Dados de pesquisa inédita, denominada de “Ouvindo a comunidade escolar: Desafios e demandas da educação Pública de São Paulo”, que abordou dados estruturais e sobre a qualidade do ensino na percepção de professores, estudantes e seus familiares, realizada pelo Apeoesp - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo e Instituto Locomotiva, mostram que é unanimidade a opinião de que há necessidade de maior investimento em educação. Segundo a própria pesquisa, nove em cada 10 estudantes, professores e familiares concordam que o governo estadual deveria investir mais em educação.




A pesquisa foi divulgada na terça-feira (23), pela presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), e revela turmas com excesso de alunos, falta de motivação e de segurança e aprovação automática como algumas das principais dificuldades apontadas pela comunidade escolar, sendo que as periferias possuem um cenário ainda mais delicado.


O estudo revela que 66% dos estudantes e 79% dos professores consideram que suas turmas estão mais lotadas que o máximo ideal, sendo que 99% dos estudante, 98% dos seus familiares e 95% dos professores afirmam que uma escola bem cuidada e bem equipada é fundamental para uma educação de qualidade. Quando questionados sobre a valorização dos professores, a comunidade escolar também reconhece a falta de valorização dos docentes e apoia a mudança dessa realidade. Estudantes (73%), professores (89%) e familiares (75%) concordam que professores do estado de São Paulo são menos valorizados pelo governo do que deveriam. E estudantes (74%), professores (92%) e familiares (76%) afirmam que docentes do estado de São Paulo ganham menos do que deveriam.


Para a presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel, está claro que a educação básica pública não vai melhorar sem mais investimento. “Nossa realidade não é comparável com a de países que estão em grau mais elevado de desenvolvimento educacional, que têm condições adequadas de ensino-aprendizagem, projeto político-pedagógico que corresponde às necessidades dos estudantes e da sociedade e valorização dos profissionais da educação”, afirma Bebel. “Os resultados da pesquisa demonstram que no estado de São Paulo existem tais gargalos, que precisam ser equacionados para que a nossa educação progrida”, completa a presidenta da Apeoesp.


Pós-pandemia

O cenário pós-pandemia também é abordado na pesquisa, já que a comunidade escolar reconhece que os desafios deixados pela pandemia para a educação permanecem. 9 em cada 10 alunos, professores e familiares concordam que o ensino à distância durante a pandemia do coronavírus provocou grandes perdas de aprendizado. O mesmo número de estudantes, professores e familiares concorda que os alunos retornaram para as aulas presenciais com mais dificuldade de concentração e menor participação nas aulas. Em todos os perfis da comunidade escolar a maioria enxerga um aumento de importância do papel da escola no pós-pandemia - estudantes (62%), professores (76%) e familiares (70%).


A pesquisa foi realizada com 1.100 professores da rede estadual, 1.250 estudantes com idade a partir de 14 anos, 1.250 familiares dos estudantes em todas as regiões do Estado. A pesquisa foi realizada entre 30 de janeiro a 21 de fevereiro de 2023, sendo que a parte relacionada à violência nas escolas foi divulgada no último dia 29 de março.


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