A Apeoesp conseguiu abrir uma mesa de negociação com a Secretaria Estadual da Educação para negociar a situação de aproximadamente 50 mil professores da rede estadual de ensino da Categoria O, que estão sem salários e sem o pagamento de bônus. A abertura desta negociação foi resultado da mobilização dos professores da rede estadual de ensino do Estado, que se reuniram em assembleia na tarde de terça-feira (9), na Praça da República, em São Paulo, em frente à Secretaria Estadual da Educação, quando decidiram que se o Governo não atender a reivindicação da categoria, o ano letivo não começará.
Com a pressão feita na assembleia, uma comissão da Apeoesp foi recebida pelo secretário executivo da Secretaria Estadual da Educação, Vinícius Neiva, e apresentou uma série de reivindicações, como pagamento integral do salário de dezembro aos professores que iniciaram contratos em 2020, pagamento de bônus, pagamento de rescisão contratual e incorporação do tempo de serviço na classificação para atribuição de aulas. De acordo com a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), que participou da reunião, o secretário executivo se comprometeu a dar uma resposta até a próxima sexta-feira, dia 12 de janeiro.
Para Bebel, sem dúvida alguma, foi a mobilização dos professores, de diversas regiões do Estado de São Paulo, que em pleno recesso, se reuniram em assembleia para reivindicar seus direitos que forçou o governo estadual a abrir negociação com a entidade. “Tenho grande orgulho de pertencer a uma categoria que em pleno recesso de janeiro, debaixo de forte chuva, atendeu ao chamado da Apeoesp e veio para a Praça da República, para mostrar que está com muita disposição de luta para reivindicar os seus direitos”, destacou Bebel.
De acordo a parlamentar, quase 50 mil professores estaduais com contratos precários, temporários, iniciam o ano lutando pela sobrevivência.
“São professores com contratos iniciados em 2018, 2019 e 2020 e que a Secretaria Estadual da Educação se recusou a prorrogar. Nos últimos anos, desde 2018, os contratos vinham sendo prorrogados, permitindo assim a continuidade do trabalho desses professores e professoras. Não havendo a prorrogação, esses profissionais, apesar de terem trabalhado arduamente durante todo o ano e participarem da atribuição de aulas para o ano letivo de 2024, estão sem salários e o pagamento de férias, uma situação humilhante e desesperadora para si e suas famílias. Nesta reunião, cobramos o pagamento de salários, férias, bônus e direitos desses professores, que sequer receberão o pagamento do denominado Bônus Resultado, instituído por lei estadual ao qual têm direito”, conta Bebel.
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