
O mês de agosto foca as atenções na importância do aleitamento materno. Há 76 anos, desde 1948, os primeiros dias do mês são destaques da SMAM - Semana Mundial da Amamentação, declarada pela OMS - Organização Mundial da Saúde, com o objetivo de promover a amamentação e a sua importância para o desenvolvimento saudável dos bebês.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde dão conta de que, em 2022, 45,8% dos bebês brasileiros recebiam leite materno como único alimento até os 6 meses de vida. A meta da OMS para 2030 é de 70%.
Cinthia Calsinski, consultora internacional de Lactação pela IBCLC - International Board Certified Lactation Consultant e enfermeira obstetra, lembra que a proposta do Agosto Dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. "E a cor dourada tem a ver com o padrão ouro de qualidade do leite materno, que é incomparável, em termos de qualidade, a qualquer outro tipo de alimentação para lactentes", enfatiza.
Todos os anos, a campanha aborda um aspecto diferente, sempre focando na conscientização de que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses de vida do bebê, podendo continuar até os 2 anos ou mais. "No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça o foco no aumento das taxas de aleitamento materno, chancelada pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)", explica a especialista, ao ressaltar que as metas para amamentação na primeira hora de vida e a amamentação exclusiva estão longe dos índices atuais. "É preciso um forte movimento de conscientização para conseguirmos atingir esta meta em 6 anos", completa Cinthia.

Objetivos #SMAM2024
De acordo com a especialista em amamentação, a atual campanha tem como tema "Fechando as lacunas: Apoio à amamentação para todas", com o objetivo de diminuir as desigualdades que existem hoje no apoio ao aleitamento materno. "Será dada atenção a cenários vulneráveis, como a primeira semana de vida, populações desfavorecidas e amamentação em tempos de emergências e crises", detalha Cinthia, ao listar os objetivos oficiais:
• Informar as pessoas sobre as desigualdades que existem no apoio e prevalência da amamentação;
• Difundir a amamentação como um equalizador para reduzir lacunas na sociedade;
• Envolver-se com indivíduos e organizações para melhorar a colaboração e o apoio à amamentação;
• Mobilizar ações para reduzir as desigualdades no apoio à amamentação, concentrando-se nos grupos vulneráveis.
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