O Imaflora - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola inaugurou, no último dia 22 de setembro, seu novo projeto, chamado Cacuí - Centro de Aprendizagem e Cultura Imaflora. Seu intuito é reunir as principais lideranças socioambientais, empresariais, do terceiro setor e pessoas comprometidas com a sustentabilidade para abordar os desafios complexos do mundo atual, além de fortalecer ações no território piracicabano.
O Cacuí nasce como uma jornada guiada por trilhas de imersão que integram um projeto com investimentos de médio e longo prazo, focada em “Diálogo e Transmissão” na primeira fase. O espaço oferecerá uma diversidade de cursos, eventos, palestras e oficinas, voltados para o público interno do Imaflora, parceiros, membros da sociedade civil e profissionais das áreas de atuação do Instituto, abrangendo tópicos como clima, agropecuária, florestas e sociobiodiversidade.
Com 170 metros quadrados, o ambiente tem capacidade para até 100 pessoas e foi construído com madeira certificada, proveniente de áreas com manejo florestal sustentável. Seu projeto tecnológico e 100% sustentável foi desenvolvido pelo estúdio de arquitetura Ipê Amarelo. “O Cacuí representa uma etapa significativa na missão do Imaflora de avançar nas práticas sustentáveis e no cuidado ambiental. O centro está pronto para se tornar um polo de referência para aprendizado, colaboração e enriquecimento cultural, onde indivíduos, comunidades, empresas e instituições possam trocar sobre temas socioambientais e contribuir para um futuro mais sustentável”, explica Marina Piatto, diretora executiva do Imaflora.
Contexto e território local
Solange Kurpiel, coordenadora do Cacuí, afirma que as ações têm três diferentes objetivos. O primeiro é conectar as iniciativas já realizadas pelas diferentes equipes do Imaflora. O segundo objetivo é possibilitar o estabelecimento de parcerias com diferentes instituições do mundo corporativo, do terceiro setor e de iniciativas educacionais e, assim, se posicionar como um hub, ou seja, um espaço que gera valor por meio de ações e produtos conjuntos.
O terceiro objetivo é trabalhar com a comunidade local. “Há a vocação de implantação e de ancoragem mais comunitária na região piracicabana, onde o Imaflora está desde a sua fundação. Em parceria com os atores locais, a ideia é desenvolver projetos que façam sentido no contexto da região, com as pautas mais urgentes da temática socioambiental local, para nos inserirmos cada vez mais no território”, completa.
Outras trilhas de imersão
O projeto Cacuí envolve ainda outras duas trilhas de imersão. A Trilha 2, voltada a “Exposição e Mediação”, prevê a implementação de um espaço expositivo, com projeção de construção entre 2024 e 2025. O objetivo é desenvolver um circuito de exposição de longa duração, focado na sensibilização cultural às mudanças climáticas e destinado principalmente ao público local, em especial, crianças e adolescentes. Para a Trilha 3, intitulada “Parque de Experimentos”, está prevista a construção de um jardim de experimentos, contemplando espécies da Mata Atlântica e soluções sensoriais que incluam pessoas com acesso e deficiências diferentes.
IMAFLORA EM NÚMEROS
Área de atuação: 8,1 milhões de hectares; 8 países (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru e Uruguai); 62 mil pessoas beneficiadas (entre trabalhadores rurais, florestais e atendidos pelos projetos); Mais de 120 colaboradores; Atuação direta com 4.759 empresas e produtores do setor florestal, agropecuário e de carbono.
Sobre o Imaflora
O Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola é uma associação civil sem fins lucrativos, criada em 1995, que nasceu sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica, associada a boas práticas de manejo e a uma gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora acredita que a certificação socioambiental é uma das ferramentas que respondem a parte desse desafio, com forte poder indutor do desenvolvimento local, sustentável, nos setores florestal e agrícola. Dessa maneira, o Instituto busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola; colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer, de fato, a diferença nas regiões em que atua, criando ali modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em outros municípios, regiões ou biomas do País. Mais informações: https://www.imaflora.org/ .
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