“Tira casaco, coloca casaco” é uma expressão do filme Karatê Kid, de 2010. Agora, a frase pode ser atualizada para “Tira máscara, coloca máscara”, uma vez que vários estados brasileiros flexibilizaram o uso. Para saber como a população está se sentindo em relação à essa nova fase, a Hibou - empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado e consumo - realizou o levantamento “Pandemia - Uso da Máscara 2022”, em que 1280 pessoas responderam sobre suas expectativas e comportamentos.
As adaptações têm sido diferentes, pois nem todas as cidades liberaram o uso das máscaras. A pesquisa mostra que 52% afirmam que onde moram, a não obrigatoriedade de uso vale para qualquer ambiente, aberto ou fechado, com exceção de transporte público e áreas de saúde; 22% dizem que o não uso está liberado em qualquer ambiente fechado ou aberto; 18% afirmam que o uso das máscaras está liberado apenas em ambientes abertos e 5% apontam que ainda há obrigatoriedade para vários locais abertos e para todos os fechados; 2% não estão acompanhando as notícias sobre o assunto
“O uso da máscara foi imposto como uma solução para combater o contágio em massa. Para alguns, representa uma medida protetiva contra o vírus e, para outros, um incômodo. De qualquer forma, no estudo, percebemos que ainda há uma boa parcela da população que tem mantido uso da máscara por não se sentir seguro”, afirma Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.
De acordo com o estudo, nessa nova fase em que se pode decidir pelo uso ou não do acessório, 45% da população afirmam permanecer usando tanto em ambientes abertos quanto fechados; 26% usam apenas em ambientes fechados; 14% optam pelo uso apenas em ambientes fechados com muita gente; 7% usam apenas no transporte público e/ou aéreo; 7% já não usam mais a máscara e 0,9% afirmam que nunca usaram o acessório.
Embora a não obrigatoriedade do uso da máscara seja uma realidade, 26% dos brasileiros ainda não se sentem confortáveis ao ficarem sem o acessório em público. Porém há lugares em que as pessoas declaram ser mais confiáveis para não usá-la, como a rua, enquanto andam (63%); parques (55%); restaurantes (20%); feira livre (18%); shopping (15%); teatros/cinemas (10%); avião (6%); metrô (5%).
Com maior flexibilização de eventos, abertura de estabelecimentos e retorno à rotina, o passaporte da vacina tem sido requisitado em diversos lugares e 28% da população acredita que não deve existir a obrigatoriedade de apresentá-lo em local algum. Já os shows (67%); voos (63%); teatros (62%); jogos de futebol (62%); cinema (55%); eventos corporativos (51%); bares e baladas (50%); shoppings (42%); restaurantes (40%), foram citados como locais em que os brasileiros concordam que deva ser exigida a apresentação do comprovante.
Expectativas para o fim da pandemia
Após praticamente dois anos de pandemia, a descoberta de novas variantes do Covid-19 também são temas constantes. Quanto a isso, 43% dos brasileiros revelam sensação de conformismo e que os cuidados são necessários sempre. Já 22% têm esperança de que a disseminação do vírus vai acabar em breve. Já 15% estão cansados e não aguentam mais o que estamos vivendo. O sentimento de angústia por não saber como será o futuro é compartilhado por 11%, já 8% pararam de se preocupar com a Covid-19 e estão levando uma vida como era antes da pandemia.
Os eventos fora de casa, por exemplo, foram retomados por 28% dos brasileiros, que já estão saindo normalmente. Para 40%, as saídas têm acontecido, porém com algum cuidado e mais flexibilidade do que em 2020 e 2021. Mas ainda há 16% que saem pouco e tomam todos os cuidados possíveis e 15% só saem quando necessário e continuam mantendo o distanciamento social.
O fim da pandemia e retorno às atividades cotidianas está na mira de todos os brasileiros, embora 41% ainda acreditem em novas ondas com aumento de casos. Já 33% acreditam que o período pandêmico está com os dias contados; e 32% pensam que estamos longe do final da pandemia. “A esperança está voltando na vida do brasileiro, mesmo com algumas ressalvas, as pessoas estão apostando em um novo formato de rotina e acreditando que aos poucos podem criar opções de atividades e lazer”, analisa Ligia.
Metodologia
A pesquisa “Pandemia - Uso da Máscara 2022” foi feita pela Hibou por abordagem digital com 1.280 pessoas, de todo o País, no período de 23 a 24 de março de 2022. O resultado apresenta 2,74% de margem de erro e 95% de significância.
Sobre a Hibou
A Hibou é uma empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, existente há mais de 11 anos. A Hibou trabalha o tempo todo com informação e olhares inquietos sempre do ponto de vista do consumidor. A empresa produz conteúdo qualificado utilizando ferramentas proprietárias para aplicação de pesquisas e análises de profissionais com mais de 20 anos de experiência. A Hibou oferece pesquisas qualitativas, quantitativas; exploratórias; de profundidade; de campo; dublê de cliente; desk research; monitoramento de comportamento; presença de marca; expansão de região; expansão de mercado para produtos e serviços; teste de produto e hábitos de consumo.
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