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Foto do escritorO Canal da Lili

Estado vai aumentar oferta de serviços e dobrar número leitos no Hospital Regional


O vice-governador Rodrigo Garcia e o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, anunciaram na manhã dessa terça-feira (19), a ampliação de serviços e leitos do HR Hospital Regional de Piracicaba Dra. Zilda Arns. O vice-governador assinou a autorização para ampliar o orçamento anual do hospital para R$ 100 milhões, o dobro do atual, proporcionando que a instituição atue com 100% da capacidade de leitos, passando de 60 para 130 leitos.


O anúncio ocorreu no Teatro Erotídes de Campos, no Engenho Central, na abertura da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento da RMP (Região Metropolitana de Piracicaba), que contou com a presença do prefeito Luciano Almeida e demais autoridades do município e da região.


Segundo o Estado, o número de leitos do hospital vai saltar de 60 para 130, incluindo 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Destes, 18 já estão em funcionamento, pois foram expandidos e mantidos para combate à pandemia da Covid-19. O hospital também terá o dobro de salas cirúrgicas, passando de quatro para oito. O objetivo é zerar a fila de espera de procedimentos cirúrgicos.


Garcia explicou que a ampliação dos serviços e leitos do Hospital Regional será de forma gradativa a partir dos próximos meses e que o Estado tem por objetivo que a instituição atenda com 100% da capacidade em junho de 2022. Assim, segundo Garcia, a Organização Social ligada à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que administra o hospital, deve apresentar à Secretaria de Estado da Saúde o planejamento da ampliação dos atendimentos. “Nós já estamos aqui garantindo que no ano que vem, até o meio do ano, nós tenhamos o Hospital Regional Dra. Zilda Arms em pleno funcionamento, atendendo Piracicaba e região”, afirmou.


O prefeito Luciano Almeida pontuou que a ampliação da capacidade do Hospital Regional para 100% é uma importante conquista para o município e região. Quando o governador João Doria veio a Piracicaba, em junho, para assinar o PLC (Projeto de Lei Complementar) da criação da RMP, Luciano reforçou ao governador essa demanda da região. “Com o controle da pandemia, agora precisamos focar nos pacientes de diversas especialidades que tiveram que aguardar mais de um ano devido à Covid. E mais uma vez o Hospital Regional será essencial nesse momento”, ressalta.


Desta forma, conforme reforçou o secretário de Saúde, Filemon Silvano, a ampliação veio em boa hora. “A região está com uma demanda reprimida muito grande, principalmente de cirurgia. Assim, esse anúncio veio em boa hora e vai permitir que os pacientes que, devido à suspensão das cirurgias eletivas durante a pandemia, tiveram os quadros de saúde agravados, sejam atendidos”, afirma. “Além disso, nós, como município, já estamos fazendo parcerias, buscando recursos para conseguir ampliar nossa capacidade, como a realização de 'corujão' (procedimentos realizados em horários alternativos) e parceria com o setor privado”, complementou.


CAPACIDADE AMPLIADA

O Estado informou em nota que, por meio dessa expansão, será possível realizar 1.000 procedimentos cirúrgicos mensalmente, entre eletivos, ambulatoriais e de Hospital-Dia, mais que o triplo do atualmente contratado, de 300 por mês. O número de atendimentos no ambulatório médico também crescerá cerca de três vezes, chegando a 4,8 mil consultas mensais, contra 1,7 mil até então. Novas especialidades passam a integrar o rol da unidade, incluindo urologia, buco-maxilo e cirurgia plástica, entre outras. Além disso, o número de exames ofertados à rede de saúde regional também crescerá 50%, passando de 1,2 mil para 1,8 mil, incluindo diagnósticos por imagem como endoscopia, tomografia e ressonância magnética.


SANTA CASA E CORUJÃO

Durante o encontro, o vice-governador e o secretário de Estado da Saúde também lembraram do programa Mais Santas Casas e da retomada do Corujão da Saúde com foco em oncologia, anunciados no final de setembro. O Mais Santas Casas vai destinar R$ 1,2 bilhão por ano para apoiar financeiramente as Santas Casas e hospitais filantrópicos. “A pandemia mostrou o quanto essas instituições eram frágeis, o quanto elas recebiam pouco recurso e davam mais apoio à população. Só a região, agora de Piracicaba, vem recebendo investimento de R$ 58,4 milhões por ano. São 15% a mais por ano que 15 entidades, sendo que quatro delas não recebiam, passam a receber para acolherem a população no programa Mais Santas Casas”, afirma Gorinchteyn.


Já a retomada do Corujão da Saúde visa agilizar o diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer. De acordo com o Estado, ao todo há uma demanda reprimida de 335 mil exames somando os 645 municípios, de mais de 11 tipos diferentes em diversas especialidades que foram cadastrados pelos municípios na Cross (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde) até o dia 31/08. "Nós estamos contratando exames oncológicos na região, para que a gente diminua as filas daquela população que ficou sem atendimento durante o período da Covid", informou Garcia.

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