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Foto do escritorO Canal da Lili

Especialistas recomendam terapia em casal como estratégia para lidar com o divórcio


Manter um casamento pode ser encarado como um desafio para diferentes pessoas. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados em fevereiro deste ano, houve aumento de quase 17% nos registros de divórcios em cartórios entre 2020 e 2021, total de 386 mil casos. A maioria dos casais estavam em relacionamentos que duraram menos do que 10 anos (46%) e tinham filhos menores de idade (56%). As terapias em conjunto são uma estratégia recomendada por especialistas para lidar com essa situação.





Como explica a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professora Cláudia Regina de Freitas, a terapia de casal é uma modalidade clínica que tem o objetivo de contribuir para resolução de problemas e alinhamento de expectativas por meio da comunicação assertiva. “O profissional tem como tarefa identificar padrões comportamentais que possam ser o gatilho de situações desagradáveis e propor reflexões sobre essas questões; pois os relacionamentos se fortalecem quando são mais transparentes e quando as partes envolvidas podem se compreender efetivamente”, afirma.


“A maioria das sessões são realizadas em conjunto, pois a terapia familiar - especialmente a sistêmica - entende que os problemas e conflitos têm uma casualidade múltipla e circular, de modo que os indivíduos se afetam, se organizam e crescem mutualmente”, explica Cláudia. Também podem ocorrer alguns encontros individuais para abordar temas que podem ser considerados constrangedores ou muito particulares na presença do outro parceiro.


O tratamento é possível em três níveis: a prevenção primária, quando os dois não enfrentam nenhum desconforto, mas gostariam de se conhecer melhor; a prevenção secundária, quando há algum ruído não identificado na interação entre os casados; e a prevenção terciária, quando existe um desafio instalado e explícito para ser resolvido.


Um dos principais motivos que levam as pessoas a buscarem pela ajuda profissional em conjunto é a falta de diálogo. De acordo com a docente da Anhanguera, uma relação saudável é construída com base no respeito às diferenças, que é comum em indivíduos que tenham bagagens culturais distintas. A falta de paciência para lidar com crenças e opiniões diferentes pode provocar brigas e desgaste emocional. O psicólogo especializado fará intervenções dinâmicas para equilibrar a compreensão e as demandas da dupla analisada.

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