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Especialista reforça a importância da vacinação para conter o avanço de casos de febre amarela no Brasil

  • Foto do escritor: O Canal da Lili
    O Canal da Lili
  • 11 de fev.
  • 3 min de leitura

O Ministério da Saúde emitiu um alerta nacional, no último dia 2 de fevereiro, devido ao aumento de casos de febre amarela em São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins, com quatro óbitos confirmados. Em São Paulo, já foram registrados oito casos em humanos neste ano, sendo sete autóctones e um importado, com taxa de letalidade superior a 50%.


Além disso, a confirmação de 25 infecções em primatas não humanos, principalmente na região de Ribeirão Preto, reforça a circulação ativa do vírus, um indicativo de possível avanço da doença em humanos.




A infectologista e patologista clínica Carolina Lázari, membro da SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, explica que a febre amarela no Brasil ocorre apenas na forma silvestre, sendo transmitida por mosquitos de áreas de mata que utilizam primatas não humanos como hospedeiros. “Casos em humanos são esporádicos e geralmente relacionados a incursões nesses ambientes. Desde 1942, não há transmissão urbana, mas a intensa infestação pelo Aedes aegypti, demonstrada pela recente epidemia de dengue, aumenta o risco de reintrodução do vírus no ciclo urbano, possibilitando uma transmissão sustentada entre humanos”, alerta.

Segundo a especialista, áreas periféricas próximas a zonas rurais e matas exigem atenção, pois desempenharam um papel importante nos últimos surtos. “No surto de 2017/2018, por exemplo, a maioria dos casos vinham de um bairro, em Mairiporã, uma área urbana, mas colada à Serra da Cantareira, o que reforça o alerta para a necessidade de vigilância nessas regiões”, ressalta.

A principal estratégia de prevenção, segundo a médica, é a vacinação. “A vacina contra a febre amarela é altamente eficaz e gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo recomendada para praticamente toda a população do País. Antes restrita a algumas regiões, a imunização passou a ser indicada de forma mais ampla devido à expansão da transmissão silvestre", esclarece Lázari. Ela destaca que a alta cobertura vacinal impede a disseminação do vírus, protegendo tanto os indivíduos quanto a coletividade.

SINTOMAS

Os sintomas iniciais da febre amarela são semelhantes aos da dengue, incluindo febre alta, calafrios, cefaléia intensa e dores musculares limitantes. “O quadro pode evoluir para formas graves, com icterícia, hemorragias, insuficiência renal e hepática, e falência de órgãos. O histórico de exposição a áreas de mata e a ausência de vacinação são fatores-chave para diferenciar a doença de outras arboviroses", alerta a patologista clínica.

VACINA

Apesar de eficaz, a vacina possui contraindicações, incluindo crianças menores de nove meses, lactantes de bebês com menos de seis meses, alérgicos graves a ovo, imunossuprimidos e pessoas com HIV com CD4 abaixo de 350. “Nesses casos, a avaliação médica é essencial para decidir sobre a imunização", alerta a especialista.

Diante do atual cenário epidemiológico, reforçar a vacinação, monitorar surtos em primatas não humanos e controlar a proliferação do mosquito vetor são medidas fundamentais. A população deve estar atenta aos sinais da doença e buscar orientação médica ao apresentar sintomas compatíveis, especialmente após visitas a regiões de mata.


A prevenção é a chave para evitar novos surtos e proteger a saúde pública. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de 9 meses a menores de 5 anos, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade, além de dose única para a população de 5 a 59 anos que ainda não foi vacinada. Quem for viajar para áreas de maior risco, deve tomar a vacina ao menos 10 dias antes da viagem.


Sobre a SBPC/ML

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial é uma associação de direito privado para fins não econômicos, fundada em 31 de Maio de 1944. Tem como finalidades congregar Médicos, portadores do Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e Médicos de outras especialidades, regularmente inscritos nos seus respectivos Conselhos Regionais de Medicina, e pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, estejam ligados à Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, e estimular sempre o engrandecimento da Especialidade dentro dos padrões ético-científicos. Entre associados estão médicos patologistas clínicos e de outras especialidades (como farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e outros profissionais de laboratórios clínicos, estudantes de nível universitário e nível médio). Também podem se associar laboratórios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios.

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