top of page
Foto do escritorO Canal da Lili

Educadora aponta os fatores responsáveis e atitudes para evitar o bullying no ambiente escolar


O Bullying aparece em vários cenários diferentes, mas seus personagens são sempre os mesmos. Podemos encontrar bullying ou violência moral, no escritório, na escola infantil e na universidade. É sabido que existem na escola alguns lugares onde a incidência desta violência é maior, como os corredores e pátios de recreio. Obviamente estes são os lugares onde não existe tanta vigilância, portanto, onde seus personagens podem agir com menos cuidado de repreensão.

O agressor

A educadora, psicopedagoga e especialista em neurociência Kátia Chedid, explica que uma das características do Bullying é a consciência por parte do agressor de sua inadequação. Estes normalmente apresentam um poder desigual sobre suas vítimas. São influentes e se protegem com o endosso dos membros de um grupo. Eles têm a pretensão de prejudicar, humilhar, oprimir, isolar, intimidar o indivíduo que julgam mais fraco.



Quando questionados podem sugerir que foi apenas uma brincadeira inocente ou colocarem-se também no papel de vítima. “Os agressores acham que podem usar de seu prestígio para iniciar boatos, inventar apelidos, desmoralizar ou mesmo amedrontar suas vítimas. Provém normalmente de famílias desestruturadas, com comportamentos extremos com os filhos, de muita permissividade ou de muita exigência e violência.” comenta Kátia.

A vítima

De acordo com Kátia Chedid, a principal característica das vítimas é que elas se sentem merecedoras da humilhação e, não oferecem reação. Na verdade, elas acreditam no apelido ou que são “diferentes” do grupo. São indivíduos que ficam isolados e que podem oferecer relutância em ir para a escola, medo, dores de cabeça e dores de barriga em dias de aula, síndrome do pânico, distúrbios do sono. Muitas vezes “perdem” seus objetos na escola, pois eles foram roubados ou quebrados pelos agressores.


Os observadores

Os observadores são os espectadores da violência. Eles podem tentar falar com os adultos, mas são normalmente ignorados ou podem não ter coragem de tomar alguma atitude por medo de tornarem-se vítimas. Eles sofrem por sentirem-se incapazes. Mas, encontra-se neles uma das chaves para acabar com este comportamento. Eles podem com a segurança dada pela equipe pedagógica não permitir que o Bullying aconteça e apontar os alvos e os agressores., não como fofoqueiros, mas como responsáveis pelos colegas.

Qual o papel dos pais e da escola?

“Os pais e a escola devem trabalhar em conjunto para impedir que o Bullying aconteça. É responsabilidade da escola instrumentalizar seus professores, funcionários e equipe para que eles identifiquem as vítimas e os agressores e para saberem como agir quando detectarem o Bullying. A principal atribuição da escola é proporcionar um ambiente seguro onde todos sejam ouvidos.” ressalta a educadora.

A equipe não deve expor a vítima e o autor do Bullying, e deve trabalhar em conjunto com os pais, pois ambos, agressor e vítima, necessitam de acompanhamento emocional e do apoio familiar. “Cada escola deve ter um plano de ação específico para sua realidade e deve estar muito atenta, pois em alguns casos o Bullying acaba em tragédia, com o suicídio da vítima ou a morte de observadores e agressores pela vítima que culpa a todos pela sua situação marginalizada.” finaliza Kátia Chedid.


Sobre Kátia Kühn Chedid

Educadora e especialista em Neurociência aplicada a Educação, Kátia Kühn Chedid tem mais de 35 anos de atuação. Pedagoga, psicopedagoga, especialista em gestão escolar, com extensão em Neuropsicologia, participou de grupos de estudo em Neurociência na Faculdade de Educação da PUC-SP, na Escola Politécnica e na Faculdade de Educação da USP. Finalizando a especialização em Neurociência aplicada à Educação pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Em 2020 recebeu o Prêmio Special Tribute International, Categoria Best Practices in Education, and Health, Brazil-Europe, Projeto Cap Sur Ecole Inclusive d’Europe. O prêmio foi conferido pela European Commission Erasmus+.


Comments


  • Facebook Clean
  • Instagram Clean
  • White YouTube Icon
bottom of page