O ano de 2023 foi um grande laboratório para simular os modelos climáticos do futuro. “O Brasil vem sofrendo com os eventos extremos, sobretudo após os anos 2000”, observa Ana Ávila, meteorologista do Cepagri - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. “Presenciamos o aumento da frequência e da intensidade das ondas de calor e o registro de chuvas intensas, causadoras de inúmeros desastres”, completa.
Além de consolidar a transição para o uso de energias limpas, cientistas de todo o mundo apontam a urgência de proteger e recompor florestas e áreas verdes no perímetro urbano e alterar as formas de produção agrícola. De acordo com o Relatório Síntese sobre Mudança Climática 2023, elaborado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima - IPCC, a temperatura global aumentará em 1,5ºC na primeira metade da próxima década e será muito difícil controlar o aumento da temperatura dentro de 2ºC até o final do século 21. Recentemente, a Nasa informou que 2023 foi o ano mais quente já registrado desde 1850. E 2024, projeta a agência espacial norte-americana, tem potencial para superar as temperaturas do ano anterior.
“Com esses indicadores, precisamos mudar a cultura no País, se quisermos evitar perdas econômicas e principalmente vidas”, afirma Ana Ávila. “Há necessidade de planejamento em relação às formas de produção agrícolas e ao meio ambiente.”
Em sua segunda fase, o projeto Olhos da Serra, iniciativa do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí - Consórcio PCJ, com o patrocínio da Coca-Cola Brasil e da Coca-Cola FEMSA Brasil, elenca ações com foco prioritário na preservação da Serra do Japi. “Diante das mudanças climáticas, 2024 se torna um ano desafiador para todos nós. E há a necessidade de intervenções urgentes nos municípios para garantir água, assim como a proteção de florestas, matas e pontos de recarga”, afirma Eduardo Paniguel, gestor do Olhos da Serra pelo Consórcio PCJ.
Com atividades de conservação e de recuperação de uma das últimas grandes áreas de floresta contínua do Estado de São Paulo, o Olhos da Serra vem intensificando o monitoramento da Reserva Biológica da Serra do Japi, capacitando brigadistas para prevenção e combate a incêndios florestais.
Parte relevante do projeto, as ações de educomunicação vêm reforçando o pertencimento da população à região, com o propósito de evitar a degradação de uma área muito sensível e de rica biodiversidade.
A recomposição florestal, imprescindível à proteção do solo e dos recursos hídricos nas propriedades na Serra do Japi, assim como a recuperação de áreas de preservação permanente, se juntam às iniciativas do projeto.
Também nos investimentos voltados ao saneamento rural, o Olhos da Serra prevê a implantação de uma propriedade modelo, que contempla, entre outras ações, o plantio de árvores nativas, sistemas de tratamento de efluentes e gestão de resíduos. A todas essas iniciativas, o gestor acrescenta a importância da participação e do fortalecimento dos conselhos de meio ambiente e de legislações para proteção do território.
“O Olhos da Serra, na verdade tem muitos olhares voltados para a Serra do Japi. Há o olhar das populações engajadas no projeto, os olhos dos brigadistas, dos satélites e dos monitores para coibir abusos ao meio ambiente e o olhar humano, que entende a urgência de preservar a floresta e todos os seus recursos para a sobrevivência das populações do presente e do futuro diante dos desafios climáticos”, enfatiza Paniguel.
Projeto Olhos da Serra
Conduzido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí - Consórcio PCJ, com patrocínio de Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil, o Olhos da Serra tem o propósito de conservar os recursos hídricos na região. Como prioridade total no projeto, a preservação dos recursos naturais compreende, entre outras atividades, o combate a incêndios, com formação de brigadistas e aplicação de curso de capacitação profissional pelo ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a educação ambiental, o monitoramento de invasões humanas, a promoção de ações de reflorestamento e saneamento rural, com a implantação de uma propriedade modelo com tratamento de efluentes, gestão de resíduos e de água cinza.
O Olhos da Serra também conta com a parceria das seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Jundiaí (Diretorias de Meio Ambiente, de Agronegócios e de Parcerias Estratégicas, Guarda Municipal – Divisão Florestal e Defesa Civil); Fundação Serra do Japi; DAE Jundiaí; Fundação Florestal; Embrapa; Instituto Cerrados; Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara); Comdema - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente; CGSJ - Conselho Gestor da Serra do Japi; Cijun - Companhia de Informática de Jundiaí e Aliados pela Água.
Consórcio PCJ
O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) é uma associação de usuários de água, de direito privado e sem fins lucrativos, integrada por 41 municípios e 23 grandes empresas. A entidade possui independência técnica e financeira para a realização de atividades de recuperação e preservação dos mananciais das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, as Bacias PCJ (UGRHI 5). Segundo o presidente da entidade e prefeito de Limeira (SP), Mario Botion, “nossa visão é a de contribuir para uma sociedade mais justa, economicamente viável e sustentável, que respeite a água em todos os seus usos e potenciais, em atenção às mudanças climáticas. Desta forma, nossa missão é a de integrar todos os setores da sociedade em prol da gestão eficiente da água, do saneamento e do meio ambiente”. O Consórcio PCJ é referência nacional e internacional na gestão de recursos hídricos, membro de importantes instituições ligadas à área, como o Conselho Mundial da Água, as Redes Internacional, Latina e Brasileira de Organismos de Bacias (RIOB, RELOB e REBOB), além de ser o único representante das Bacias PCJ no Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
Coca-Cola Brasil
O Sistema Coca-Cola Brasil atua em cinco grupos de bebidas — colas, sabores, hidratação, nutrição e emergentes — com uma linha de mais de 200 produtos, entre sabores regulares e versões sem açúcar ou de baixa caloria. Composto por sete grupos de fabricantes franqueados, o Instituto Coca-Cola Brasil, mais Verde Campo e a parceria com Leão Alimentos e Bebidas, o Sistema emprega diretamente 56,6 mil funcionários. A empresa aposta em inovação para ampliar seu portfólio e atingir o objetivo de destinar corretamente o equivalente a 100% de suas embalagens até 2030. A Coca-Cola Brasil trabalha para oferecer cada vez mais opções com menos açúcar adicionado e no incentivo a iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua.
Coca-Cola FEMSA Brasil
A Coca-Cola FEMSA, S.A.B. de C.V. é a maior engarrafadora da franquia Coca-Cola do mundo por volume de vendas. A companhia produz e distribui bebidas das marcas registradas da The Coca-Cola Company, oferecendo um amplo portfólio de 131 marcas a mais de 266 milhões de consumidores todos os dias. Com mais de 80 mil colaboradores, a companhia comercializa e vende aproximadamente 3,5 mil milhões de caixas-unidade por meio de quase 2 milhões de pontos de venda por ano. Operando 49 unidades de manufatura e 260 centros de distribuição, a Coca-Cola FEMSA está comprometida a gerar valor econômico, social e ambiental para todos os seus grupos de interesse em toda a cadeia de valor. A companhia é membro do Índice de Sustentabilidade de Mercados Emergentes do Dow Jones, Índice de Sustentabilidade MILA Pacific Alliance do Dow Jones, FTSE4Good Emerging Index, e do índice S&P/BMV Total México ESG, entre outros. Suas operações abrangem territórios no México, Brasil, na Guatemala, Colômbia e Argentina, e, em nível nacional, na Costa Rica, Nicarágua, no Panamá, Uruguai e na Venezuela mediante um investimento na KOF Venezuela. Para mais informações visite www.coca-colafemsa.com
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