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Foto do escritorO Canal da Lili

Crianças com dificuldade de variar repertório alimentar estão mais sujeitas a desenvolver obesidade

Atualizado: 20 de set.

Carla Deliberato é fonoaudióloga especialista em motricidade oral, com enfoque em alimentação - Foto: Divulgação

A SPSP - Sociedade de Pediatria de São Paulo promove, neste mês, a campanha Setembro Laranja, de combate à obesidade infantil, no intuito de conscientizar a comunidade médica e a população sobre a gravidade do problema. Para se ter ideia, o Atlas Mundial da Obesidade 2024 estima que até 2035, 50% das crianças e adolescentes brasileiros entre 5 e 19 anos poderão estar com obesidade ou sobrepeso


Para a Carla Deliberato, fonoaudióloga especialista em motricidade oral, com enfoque em alimentação, um fator importante dessa tendência pode ser a seletividade alimentar, que é representada pelo desinteresse ou recusa de determinados alimentos com frequência pela criança. "Quando essa seletividade persiste, a criança pode apresentar deficiências nutricionais pela carência de determinados alimentos e uma dessas consequências pode ser um quadro de obesidade", alerta a especialista.





Um ponto de atenção que ela enfatiza é quando a criança sempre aceita os mesmos alimentos e nunca varia. Segundo ela, pessoas com o comportamento alimentar seletivo dificilmente experimentam alimentos novos e se prendem sempre aos mesmos preparos e mesmas marcas de produtos. "Quando esse padrão alimentar se mantém por longos períodos, a criança pode ter mais chance de desenvolver obesidade", destaca.


Quando procurar ajuda

Se você desconfia que sua criança pode estar num quadro de seletividade alimentar, a fonoaudióloga preparou uma lista de comportamentos que sugerem a necessidade de procurar ajuda profissional: Recusa ou não apresenta interesse na maioria das refeições; Náuseas ou vômitos durante a alimentação; Fica cuspindo alimentos com relativa frequência; Aceita apenas uma textura ou consistência do alimento, ex: aceita apenas purês; Engasga-se com frequência ou apresenta dificuldade para mastigar; Não consegue se alimentar na mesa de refeição, preferindo andar ou ficar em outros lugares para comer; Faz caretas ou sente muito incômodo com o cheiro dos alimentos; Come seguindo rituais, ex: sempre no mesmo prato, no mesmo local, mesma marca de alimento, não come fora de casa.

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