
De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o momento foi registrada a aplicação de quase 56 milhões de doses da vacina contra Influenza na população-alvo, que conta com 81,7 milhões de indivíduos. Os números ainda estão distantes da meta do Ministério da Saúde de imunizar 90% da população.
De acordo com Renato Kfouri, pediatra infectologista, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, muitas crianças estão ainda mais suscetíveis às gripes virais em razão da pandemia, quando o isolamento social evitou o contato deste público com alguns agentes infecciosos. “O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um dos que mais acometem lactentes e crianças com menos de dois anos de idade, sendo responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias”, explica o especialista.
No caso de bebês prematuros e crianças cardiopatas e com doença pulmonar crônica, estão mais suscetíveis a desenvolver infecção respiratória grave e apresentam mais chances de internação por desconforto respiratório agudo em 10% a 15% dos casos.
Diante da baixa adesão ao programa de imunização e das mudanças do padrão de doenças respiratórias, que agora acometem a população durante todo o ano, os testes rápidos despontam como recurso eficiente no combate à gripe. Segundo o especialista, os testes ajudam a identificar diferentes doenças respiratórias e, consequentemente, facilitam o tratamento, tornando-o mais assertivo.
Os testes são de simples execução e dão o resultado em até 10 minutos. “Os testes para diagnóstico rápido de VSR garantem a identificação precisa dos casos e a adoção da conduta terapêutica mais adequada para evitar evolução das doenças ou uso desnecessário de antibióticos”, reforça Renato Kfouri.
Comments