Carregando faixas e cartazes em que reivindicam aulas, professores da rede estadual de ensino participaram na de segunda-feira (26), de manifestação organizada pela Subsede da Apeoesp em Piracicaba (SP), para cobrar da Secretaria Estadual de Educação a atribuição de aula justa e transparente. A manifestação foi realizada em frente à Diretoria Regional de Ensino e contou com a participação da segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), que denunciou que pode chegar a 30 mil professores em todo Estado de São Paulo que estão sem aula em função dos problemas ocasionados pela atribuição feita de forma online, e que considerou o resultado do concurso público realizado pelo governo estadual no meio do ano passado para a contratação de 15 mil novos professores.
Na manifestação, a segunda presidenta da Apeoesp convidou os professores a participarem da assembleia estadual, com paralisação marcada, para o próximo dia 15, que será marcada por manifestação em frente à Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República, em São Paulo, às 16 horas, para que esta situação criada pelo governo estadual seja resolvida. “Nesta manifestação, que será seguida de ato com o Grito em Defesa dos Serviços Públicos de Qualidade e do Funcionalismo no Estado de São Paulo, também vamos decidir pela deflagração de uma greve geral dos professores contra a atribuição de aula, que provocou uma bagunça em todo processo”, disparou Bebel.
A reivindicação da Apeoesp desde meados de dezembro do ano passado, conforme destacou Bebel, é para que a atribuição fosse presencial, como sempre foi, com a própria Diretoria de Ensino coordenando todo processo. Com a atribuição sendo online e com a participação da Vunesp, professores que há anos lecionam na rede de ensino e que contam com ampla pontuação, reclamam que ficaram sem aula. “Portanto, a nossa reivindicação é para que a atribuição de aula seja presencial, transparente e digna, uma vez que enquanto professores reclamam por estarem sem aulas, muitas escolas estão sofrendo com a falta de professores, deixando alunos no pátio. Tenho cobrado da Secretaria Estadual da Educação a revisão de todo esse processo injusto, que, em muitos casos, deixou professores sem aula só porque acrescentou o fato de ter concluído mais um curso de graduação. Ao invés de ganhar ponto pelo aperfeiçoamento acabou sendo punido. Isso é inadmissível”, destaca a Professora Bebel.
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