Especialistas em telecomunicações e educação discutiram os desafios de ampliar o acesso à internet na América Latina no fórum “Conectando os Desconectados”, que aconteceu no início de agosto em Santiago, com organização da Huawei, líder global de infraestrutura para TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação e dispositivos inteligentes. Eles pediram mais esforços para melhorar a conectividade digital, principalmente nas áreas mais remotas.
Segundo dados da GSMA, associação mundial de operadoras de telefonia, entre 2014 e 2021, o acesso à internet dobrou na região, mas ainda há 230 milhões de pessoas que vivem offline. Os últimos registros de 2023 indicam que uma em cada três pessoas na América Latina vive sem conectividade.
A conferência contou com participações de representantes da Unesco, da ITU - União Internacional de Telecomunicações, da Cepal - Comissão Econômica para América Latina e Caribe e de lideranças chilenas. Segundo eles, um dos motivos da lacuna é a educação. De acordo com o relatório ITU Global Connectivity 2022, as taxas de uso da internet são mais altas entre pessoas com níveis mais altos de escolaridade. Conforme destacado por Sérgio Scarabino, gerente da ITU para a América do Sul, em países de baixa renda a conectividade é de apenas 22% contra 91% em países de alta renda, colocando o analfabetismo digital como um desafio a ser erradicado.
Valtencir Mendes, chefe de Educação da Unesco, ressaltou a parceria com o Ministério da Educação chileno e a Huawei que consiste em "criar uma estrutura de capacitações digitais da pré-escola ao ensino médio" para que professores e educadores possam aproveitar ao máximo as ferramentas on-line no processo de ensino. O programa piloto poderá ser replicado em outros países.
Segundo os painelistas, além da dificuldade no acesso à educação, soma-se a disparidade de gênero. “A porcentagem de mulheres que entram em carreiras STEM - Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática ainda é baixa, caindo ainda mais quando você olha o número de formandas. Uma das principais razões é que muitas mulheres têm múltiplas responsabilidades e isso torna mais complexo para elas terminarem sua formação”, explicou o coordenador da Agenda Digital Regional da Cepal, Fernando Rojas.
A Huawei, que opera na América Latina desde 1998, tem realizado atividades que visam contribuir com a inclusão digital. “Fomos pioneiros na implantação de redes sem fio e fixas, instalamos mais de 10 mil estações base para 5G e mais de 150.000 km de fibra óptica em áreas remotas da América Central e do Sul”, disse Marcelo Pino, diretor de Relações Públicas da Huawei para a América Latina.
O desafio da comunicação no lugar mais ao sul do mundo
O Chile é o país mais longo e estreito do mundo, com uma grande diversidade de paisagens, clima e culturas. No entanto, essa geografia é também um desafio. A extensão de mais de 4 mil km, em meio às montanhas da Cordilheira dos Andes, dificulta o avanço dos serviços de telecomunicações.
A Huawei, que este ano comemora 20 anos no Chile, participa de projetos que contribuem para democratizar o acesso à internet em áreas distantes, como o desenvolvimento da Fibra Óptica Austral (FOA, que conecta Puerto Montt e Puerto Williams com um cabo submarino de mais de 3 mil quilômetros), e “permitem aproximar áreas extremas por meio de uma infraestrutura de conexão digital. Isso se traduz em uma contribuição para a qualidade de vida das pessoas, com impacto direto na ciência, educação, comércio e saúde”, acrescentou Marcelo Pino.
Esse impacto foi retratado em um documentário, lançado pela Huawei e pela operadora chilena Movistar no evento, que revela o poder transformador da conectividade 5G em Puerto Williams, a cidade mais ao sul do mundo, também conhecida como “cidade do fim do mundo”. Depoimentos de pescadores locais, de profissionais de saúde e de técnicos em telecomunicações mostram os benefícios da internet 5G na cidade. Assista aqui.
Sobre a Huawei
A Huawei é líder global de infraestrutura para TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação e dispositivos inteligentes, e uma das marcas mais valiosas do mundo, de acordo com a Forbes. A companhia tem como visão enriquecer a vida das pessoas por meio das tecnologias digitais e é dedicada à inovação centrada no cliente. A Huawei possui quatro unidades de negócios no Brasil: o grupo dedicado às operadoras, que oferece equipamentos e infraestrutura de telecomunicações; a área que atende às necessidades do mercado corporativo, fornecendo soluções e infraestrutura em TIC; a Huawei Cloud, com os serviços de nuvem pública e híbrida e soluções para dar escala aos negócios com estabilidade e segurança; e a Huawei Digital Power, com soluções inteligentes voltadas para geração, distribuição e armazenamento de energia fotovoltaica. A empresa possui escritórios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de um Centro de Distribuição em Sorocaba (SP) e duas unidades fabris, em Jundiaí (SP) e em Manaus (AM). Trabalha em parceria com brasileiros, impulsionando a inovação e ajudando a desenvolver novos talentos locais para o setor de telecomunicações. Nos últimos 10 anos, treinou mais de 40 mil profissionais em todo o Brasil.
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